terça-feira, 15 de maio de 2012

Tudo o que o vento levou


Lembro-me dos meus sonhos de criança,
lembro-me da eterna esperança
que tinha, quando com ele falava.
Lembro-me da alegria que ele me dava
quando apenas me observava.

Lembro-me do sorriso que ele irradiava
quando comigo falava. Quando me amava.
Lembro-me, mas não me quero lembrar
do começo de tudo, do seu olhar
tão esperançado que até eu corria de onde estava
para sonhar bem mais alto, onde a mente não me percorria:
o céu, um lugar lindo para sonhar.
Um local onde o piano começava por tocar
e a vida crescia juntamente com uma força positiva.
As flores têm saudades daquele tão próspero tempo.
Eu tenho saudades da outra alternativa.

Muitas coisas não sabe ele, nem precisa de entender.
Não sabe que desde cedo o amava
mas ele não conseguiu compreender
que eu não podia logo afirmar
que sim. Apenas não o queria magoar!
Porém, agora percebo que sou eu que sofro no fim.
Belos olhos de quem vi partir
um dia, rumo ao céu, rumo a mim.
Mas quem sou eu? apenas uma frágil flor
que não tencionou logo mostrar o amor
que sentia por ele, que agora é dor.

Lia.

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