sábado, 12 de maio de 2012

Bernardo Sassetti


Relembro para sempre o seu sorriso.
As suas mãos eram prodígios
que no piano encantavam, sem cessar.
E a sua memória para sempre há-de ficar.

Desde cedo que começou a tocar,
desde cedo que o comecei a adorar.
pois ele era o som que eu ouvia quando tocava.
Por ele, deixei de ser escrava
das longas horas de treino a tocar.
Por ele, o meu único amor floresceu:
E a música comecei a amar.
Por ele, o herói dos meus 9 anos,
perante o piano deixei de chorar,
passei a adorar cada tecla, cada nota
e deixei de aceitar facilmente a derrota:
a minha persistência idiota
de nunca querer encarar
o piano, a minha fonte de inspiração.

Ele pode ter morrido, mas nem tudo foi em vão.
E eu sei que a lei da morte já ele derrotou
ao tornar-se imortal no meu coração.

Lia.

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