terça-feira, 30 de outubro de 2012

Um abraço


O frio instalou-se na tua doce voz
e nada mais poderás dizer para me animar.
Lembro-me de ti, de mim, de nós,
mas isso não muda nada, para feliz ficar...

Agora, tenho amigos, todos gostam de mim
e num conto vivo com o meu príncipe encantado!
Agora, devia de estar alegre... Porém, mesmo assim,
continuo a sentir um vazio, há já muito semeado.

Sinto um vazio doentio e instantâneo
que ontem e hoje não me deixou sorrir.
Terá origem nos vários acontecimentos em simultâneo
ou na angústia de um passado que jamais irá partir?

Choro, sem causa, sem rumo, mas com amor...
Com sorrisos, carícias e com aquele olhar.
Mesmo tudo tendo, continuo a sentir a dor
e o sonho de não mais para o real voltar.

Que desejos infernais que não me deixam viver,
que não me deixam esta felicidade saborear...
Basta, eu quero finalmente parar de sofrer
e a quem merece, a devida relevância dar!

Quero beijinhos e fofuras a toda a hora
mas sei que nada disso me irá fazer esquecer.
Porém, só um abracinho... sem mais demora,
e saberei assim que amanhã será um novo amanhecer!

Lia.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O amor é...

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O amor é uma arte e muitos não o sabem desenhar.
O amor é a música que muitos não conseguem cantar.
O amor é a vida que todos querem viver
e o desejo, o sofrimento, a dor de querer morrer.

O amor é liberdade, é ganhar asas e voar.
O amor é o que sustenta este mundo a cair.
O amor é a luz, a galáxia do brilho no meu olhar
ou a saudade impassível quando ele tem que partir.

O amor é o coração que às vezes queremos escrever
ou a triste paixão que não conseguimos agarrar.
O amor é alguém que não consigo esquecer
porque, para onde vá, com ele começo a sonhar.

O amor é tristeza, pureza, franqueza,
intimidade, maturidade e felicidade.

O amor é tudo o que vive, respira e sente...
O amor é  sofrer e seguir em frente.

Lia (:

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Soneto - Agora está



Onde estava o amor, habita agora um vazio.
Onde estava a felicidade, está agora a solidão.
Onde estava o calor, agora sinto um calafrio
que me preenche de todo, já sem coração.

Onde estava o desejo, está agora um aperto
pela pessoa que mais me ama ter que desapontar...
Agora está a fúria de um impossível conserto
de algo que nunca quis deixar de criar.

Onde havia música, agora há um colapso, um silêncio
porque a minha voz já cansada está de cantar.
Quererei eu assumir a responsabilidade de alguém amar?

Onde ecoava a escolha, agora perdura o destino
porque não mais sobre isso eu quero pensar...
Sobre o amor de um tão bonito menino!

Lia.

Soneto - Já é demais tanta alegria!


Por vezes, tão grande é a minha alegria
que penso imediatamente na triste fantasia.
O meu sorriso expande-se demais e demais
e transformo a verdade em momentos irreais...

Tenho sempre, mas sempre, que tudo estragar
e as pessoas que de mim gostam, desapontar.
A inocência ainda cá está por algo que parece paixão
ou apenas outra façanha do meu pobre coração.

Todos ficam a saber o que não é preciso
graças e apenas ao meu puro sorriso...
É algo que eu odeio e quero muito superar!

Porém, agora só peço para ele me perceber
e, conhecendo-me bem, para continuar a desejar
o brilho dos meus olhos, que já começa a desfalecer...

Lia.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Saudade



Sempre algo vejo que se entristece ao se aproximar,
algo que faz o meu mundo se desmoronar,
algo que nunca senti na minha querida infância:
um sentimento horrível chamado distância.

Observo-a entranhar-se cada fez mais no coração
depois de um dia de trabalho e de muita paixão...
O que por ele eu sinto? Será mais que amizade?
Só sei que nada sei, apenas me dói tanta saudade.

Chego a casa desolada, por não mais com ele estar,
por ter de aguardar mais uma eternidade, apesar
de serem só mais 12 horas, 12 horas de ganância...
É simplesmente o que me faz esta maldita distância!

Mesmo assim, sei que de mim se lembrará,
e, apesar do dia infelizmente ter chegado ao fim
perdurará sempre na minha mente a grande necessidade
do seu sorriso compor e avivar... a pura saudade.

E agora? Se nem com ele falo muito que hei-de fazer?
Só sei que nem nos sonhos o consigo esquecer
porque a sua voz me acompanha em qualquer circunstância,
perfurando, amolgando esta doentia distância...

Oh! Maldita sejas infernal ansiedade!
Adorava saber o porquê de tanta saudade!

Lia.