sábado, 21 de abril de 2012

Livro "Minha Querida Inês"





Esta história relata a última semana (a primeira semana de Janeiro de 1355) da maior heroína portuguesa, que se tornou imortal apenas por amar – D. Inês de Castro. Inês sempre foi uma mulher muito bela, culta, e apaixonada por D. Pedro, o herdeiro legítimo do trono de Portugal. Por isso, muitos odiavam-na e desejavam a sua morte. Até que, no 4º dia da semana, o rei mandou executá-la, pois, como a família de Inês era espanhola, tinha filhos bastardos de Pedro sem nunca terem casado, e como os irmãos da dama tinham tentado envenenar o Infante, o rei temia que a independência de Portugal estivesse ameaçada por Castela. 


Pedro voltou no 6º dia para os braços da sua amada, pois ausentara-se dela durante algum tempo. Nessa noite, que viria a revelar-se a última para Inês, os dois apaixonados aproveitaram para se terem uma última vez, sem saberem. Mas, no dia seguinte, Pedro foi caçar e a sua amada ficou à mercê de El-Rei, e foi degolada.
Mais tarde, Pedro tornou-se Rei e vingou-se de todos os que tinham a culpa da morte do amor da sua vida, mandou construir o seu túmulo ao lado do dela, e coroou-a rainha depois de morta.

Como, ao ler o livro, me emocionei muito, decidi escrever algo sobre ele:

Dia 1
Que doce tocar com que me tens,
com que me tocas, que me possuis como um todo.
Eu sou tua, apenas tua,
para que deste corpo apenas a tua vida usufrua.
Misturando o sentimento com a fonte de prazer,
que vida a minha! Sou escrava e sempre fui
do teu coração, a natureza por quem
a minha alma no inferno irá cozer.
E só tu, Pedro, me consegues compreender.
Louco por mim, só tu o consegues ser.
Só tu me deste três lindos filhos com a tua força e coragem,
com a minha beleza e doçura,
que um dia servirão Portugal, tal como o pai deles, a quem me dei inteiramente.

Dia 4
A minha alma procura paz, junto de ti para sempre.
Porém, como estás longe, o medo da morte absorve-me cada vez mais.
Tenho medo do que El-Rei me poderá fazer.
Quero que voltes, meu senhor, porque ao teu lado eu posso ser
uma rainha, antes de no sepulcro jazer.
Mesmo que tente não pensar no que possa acontecer
sinto que os meus dias em breve desaparecerão.
Já não falta muito para esta vida medíocre deixar,
onde apenas tu matas a minha solidão,
porque mais ninguém me suporta encontrar nesta paixão.

Dia 6/7
Finalmente apareceste, entraste no nosso mundo, por fim,
voltaste para o calor das minhas mãos. 
Simplesmente voltaste por mim.
E, como era a tradição dos nossos corpos
que sempre se procuraram unir,
depois de luas sem nos vermos
aproveitaste para me ter, para me sentir.
Não me preocupo com as paixões que tens, quando não estou aqui.
Apenas sei que, se não me amasses, não sentias tudo o que senti
quando os nossos corpos traçaram o destino
de mais um petiz adamantino,
como o seu pai, quando me toca,
quando o júbilo de me querer o convoca
para um novo mundo, um prazer cristalino.

Nunca haverá outro amor assim.

Lia.


domingo, 15 de abril de 2012

One Clearer View Again


Lá no assombro da sombra do desespero
o luar sufocante rouba-me desejos infernais.
E sinto que o vazio me revê como a escuridão
onde os meus olhos se encontram, e todo o meu coração.

O passado não pára de se reproduzir por meras palavras.
oh triste vida que não me deixa viver!
E agora mais que nunca, o tempo passado volta a utilizar-se
para a ofensa, que no inferno me tenta cozer.
Os olhos sangram à mais tempo por paixão,
mas de nada valeu: sem nenhuma consolação.
Que passado que só me deixa sofrer!

É como se um círculo negro circundasse à minha volta,
e depois os olhos, os cabelos, toda a roupa.
A solidão escorre pelas entranhas. Que líquida que está!
Enrola-se nas minhas mãos e não me deixa sair de lá.
E com o meu espírito entra em comunhão.
Depois do todo, comigo ficará:
todos os esforços que fiz foram em vão.

Mas a sombra continua perto de mim.
A sombra de um rapaz que nada mereceu,
a sombra de uma vida que por um ano escureceu,
a sombra de um passado que pensava não ser meu,
a sombra de lágrimas e desesperos sem fim.
Não sei mesmo o que faça com uma sombra assim.
O melhor é sorrir para as horas não ter de contar
até ao final, à meta, onde hei-de ficar,
para finalmente poder repousar.

Lia.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Amar é dar tudo para se poder viver em paz.

11 De Novembro de 1510


Hoje fui á igreja. Estava escura, como sempre costuma estar, e sempre com o foco de luz principal dirigido para o altar. Para Cristo ensanguentado na cruz. Retirei o meu véu, cuidadosa e lentamente, e coloquei-o sobre os meus ombros gelados pela escuridão do lugar, mas sempre sob o olhar impenetrável do padre. Comecei a rezar, e rezei por tudo o que mais anseio: sentir o amor verdadeiro, sentir que alguém me ama, que alguém é capaz de dar a sua vida por mim, sentir o toque de alguém e a humidade da paixão. Sentir o prazer do coração.
Abanei a cabeça como sinal de respeito para Filipe, sorri gentilmente e ajoelhei-me em frente ao altar. Ele também me cumprimentou, mas sem um único sorriso, um único carinho. Á muito que gosto dele, que o quero para mim. As nossas famílias são amigas desde á muitas gerações, e sempre nos demos muito bem. No entanto, o maior erro da minha vida foi não lhe ter dito que o amava. Agora já é tarde demais. Ele é padre e eu nada mais poderei fazer para o ter.
Depois de tudo isto, ele aproximou-se de mim. Ajoelhou-se também, e murmurou ao meu ouvido, ordenando para eu ir com ele ao seu escritório. Levantei-me cuidadosamente, e acompanhei-o rapidamente.
No escritório, ele começou por olhar para mim com uma estranha ansiedade. Parecia perturbado com algo. Algo estava errado. Perguntei-lhe o que tinha, mas não me respondeu. E, devido á minha audácia, a sua face enrugou-se cada vez mais e mais. Até que tomou a palavra, e confrontou-me com o facto dele "já saber de tudo". Delicadamente, questionei-o sobre do que se tratava. Aí, levantou-se bruscamente, foi ao meu encontro, e beijou-me sem nada mais me pedir em troca.
Lia .

Robert Pattinson...

Um dia, sonhei com o Robert Pattinson (naquela altura em que eu era fanática por ele e pelo crepúsculo xD), por isso, decidi escrever alguma coisa sobre o sonho..
Neste sonho celestial
Estava muito ansiosa.
Era a minha audição,
A minha avaliação,
Onde esperava lentamente nervosa.

E no meio do crepúsculo,
Rejuvenesceu um clarão.
Apareceu Edward,
E começou a confusão.

Apesar dele ser mais velho,
As coisas não mudaram.
Nasceram ligações entre nós
Que ao eclipse se aperfeiçoaram.

Ele ficou algum tempo em Portugal
Onde nos conhecemos melhor.
Passeámos juntos, escrevemos canções
Durante muitos, muitos serões.

Estávamos tão bem
Que era inevitável…
Já tinha florescido um amor incontrolável:
Um espírito indomável.

Mas antes de o conhecer
Já sabia que ele estava a sofrer.

Por vezes mais vale
Ser uma pessoa normal
Do que ser alvo de desejo
E inveja, um sentimento fatal.

E para piorar a sua vida,
Ele não tinha privacidade.
É tão bom poder namorar, poder viver,
Poder fazer uma nova amizade
Sem ter medo do que possa acontecer.

Por fim, um dia ele teve que voltar
Para Nova Iorque, inesperadamente.
Não se queria despedir,
Pois o amor era demasiado forte para partir.

Começou a preparar-se,
A mentalizar-se,
E por vezes uma lágrima a escorrer,
Mas nada mais ele podia fazer.

O motivo do seu regresso
Era um novo filme começar:
“Remember me” em sucesso.
Mal posso esperar…

E assim me despedi
Da pessoa mais importante para mim.
Ele disse que voltava,
E muitas vezes que me amava.

E assim foi.
Teve de acontecer…
Acordei em mim
Num novo amanhecer.

Lia.

domingo, 1 de abril de 2012

An angel


Numa misteriosa noite de lua cheia, lá estava ele, por entre grandes abetos, altos, escuros e enegrecidos pela sombra da noite. O clima frio, juntamente com toda a chuva que inundava a floresta de coníferas, faziam com que o ambiente fosse aínda mais estrelado do que em qualquer outro local no planeta.
Ele esperava por mim, pelo meu tocar, pelo meu sentir, pelo meu coração, por toda a minha paixão por ele. Ele não parecia incomodado pela chuva, muito menos pelo frio. Apenas pensava em algo, em alguém, em nós. E, por entre sombras, medos e trovões, eu cheguei, com um longo vestido de setim, de um azul transparente que também inundava os meus olhos. Naquela noite, sentia-me maior do que qualquer pássaro, pois podia voar para onde quisesse; maior do que qualquer raínha, pois tinha a maior riqueza do mundo diante dos meus olhos; maior do que qualquer criança, pois tinha á minha frente todas as oportunidades de ser feliz. Feliz, ao lado de um Anjo.
E quando já tudo estava preparado para ficarmos juntos, senti uma pequena azia dentro do meu coração. Senti terror, aventura e alegria ao mesmo tempo. Não sabendo o que se passava comigo, hesitei um pouco, mas rapidamente me apercebi que aquele era o final que me estava destinado, desde o início de tudo. Por isso, os meus lábios, de tão cansados que estavam, finalmente colaram-se aos dele, lemtamente, como se o mundo acabasse naquele instante. Fechei os olhos, e começei a rezar para que toda a transformação corresse bem, apesar de saber que o meu Pai nunca me iria deixar ficar mal. Ele, vendo a inquietação que se colocara em mim, afastou-se um pouco, olhou-me nos olhos, como sempre fez quando me dizia algo de importante, e disse para eu confiar nele. E eu confiei, e disse: “nunca deixarei de confiar”. Nesse instante, aproximei-me dele, e beijei-o, com aínda mais força. Não me afectei com a chuva, que escorria pelos meus longos cabelos ruivos, nem me importei com as poças de lama e o cheiro dos pinheiros molhados. Só pensava em ficar com ele para sempre.
A partir desse momento, um clarão nasceu dentro de mim. Finalmente chegara a hora. Pouco a pouco, as asas começaram a crescer, e eu ficava cada vez mais forte, cada vez mais impulsiva. Cada vez mais celestial…
Naquele momento, sim, eu sabia que nada nos poderia separar.
Lia.