sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

If I could Fly


Se eu pudesse voar,
rasgava o céu com as próprias mãos,
punia o virus que me infecta,
esvoaçando como uma seta,
e não perdia mais tempo a chorar
por uma coisa que não tem mais volta a dar.

Se eu pudesse voar,
escondia o vinho tinto
para que não o pudesses espalhar
com as tuas asas poluídas
que utilizas para amar.

Oh... se eu pudesse voar...
Há tantos erros que quero modificar,
que preciso, para a minha vida transformar
num novo sonho, numa nova esperança
para os pensamentos fatais deixar:
quero voltar a ser criança.

Lia ;D

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Natal ;)


Neste natal, eu quero ajudar
os que nada têm para me ofertar.
Neste natal, eu quero sorrir
para aquele que não se quer despedir,
e que não tem lugar nehum onde ficar.

Porém, é tão dificil preencher o vazio
que o desespero deixa, sombrio!
E os lábios, tão frios que entristecem
a vida infeliz dos que padecem
Por guerras, um horrendo desafio!
E os corpos mutilados na areia
vermelha, deste infectado vinho tinto!
neste lugar, o natal serve-se frio,
por vezes morto, apático ou faminto.

Todavia, o natal é o sol, um anjo, a vida,
a liberdade de expressão concedida
para sussurrar, para cantar
o rasgar dos céus e a luz estrelar,
a esperança de voltar a amar.
Por tudo isto e muito mais,
ajudemos não só a sonhar,
mas sim a concretizar um Natal,
para que a vida de todos seja mais celestial,
para destruir o ódio e todo o mal,
e para o rebento transformar
numa árvore especial:
uma aldeia mundial,
onde o natal é celebrado a amar.

O amor, o calor,
a alegria do natal
deveria de florescer:
um novo amanhecer,
para todos os povos,
e para todo o nosso ser.

Lia :))))

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Avó


Neste mundo de inocentes sorrisos e de grandes emoções, vagueava eu, como um som, uma melodia – a ópera. Oh..... A ópera…

Maravilhada com o que ouvia, lia e relia os papeizinhos de agradecimento e as flores bonitas que ofereciam á minha avó: túlipas, gladíolos, papoilas… E o que ela gostava de papoilas! Sempre, ao anoitecer, contava-me as suas histórias, nos grandes palcos do Alentejo, no que ela cantava ao som do rio, nos veados, nos peixes e nas borboletas que ali passavam, nos au-au dos cães, e nos piu-piu dos pequenos pardais. Porém, em qualquer uma das histórias, cabia sempre á papoila o papel principal: era a estrela do musical. Nas histórias da minha avó, ela esvoaçava como o vento, dançava com o seu longo vestido vermelho nas ruelas do destino. Palpitava no coração da minha avó, como se fosse parte dele.
Bem, voltando á ópera de Berlim…. O que eu gostava da liberdade da harpa, sussurrando aos pássaros que ali poisavam para sonhar. O que eu gostava do murmúrio das teclas do piano, falando entre elas a conversa da melodia eterna. E a voz da minha avó! Divinal…. Magnífica… Celestial. Destacava-se de todas as outras. Era realmente uma das melhores vozes da música clássica. Já fomos a Paris, a Londres, a Viena de Áustria, a Veneza, a Milão…. E todos os reis e rainhas, aquelas grandes pessoas mergulhadas em ouro e jóias preciosas, convidavam a minha avó para as noites dos seus serões majestosos. Aquela foi uma das noites, em que, na grande ópera de Berlim se juntavam as mais conservadoras pessoas da sociedade. Não seria certamente qualquer um que conseguiria pagar um único bilhete para ouvir a voz sonhadora da minha avó! E a forma como ela cantava… Ela esperou e trabalhou tanto para ter o que tem agora… Preenchia-me o espírito e elevava-me a alma. Chorava, por vezes, por não conseguir cantar tão bem como ela, e pelo modo com que ela cantava! Emocionava tudo e todos. Oh, e quando ela cantou Patris Dominicus… Foi aí que ganhou o prémio de melhor cantora lírica da Europa. Eu estava lá, sempre a apoiá-la. Levava o meu pequeno violino, o meu pequeno tesouro, o qual estava a aprender a tocar á cerca de dois anos. Naquela altura, eu questionava a minha avó sobre muitas coisas. Questionava-a acerca da magia das estrelas. Perguntava-lhe se o piano tinha alma, se era um ser vivo como nós, pois era demasiado belo para ser apenas uma simples “coisa”. E lá ia eu, contente, sem nunca me cansar de ouvir a minha avó, a sua visão acerca de tudo, a sua alma triunfante e sonhadora. Os seus sonhos falavam mais alto do que qualquer coisa, do que qualquer outra força. E sempre foi por isso que ela conseguiu alcançar os seus objectivos, e será assim que ela continuará a sonhar e a concretizar os seus sonhos.
Era por isso que a admirava, que a adorava, e que ainda a adoro, a ela, e á sua voz. Uma voz onde bailavam os pincéis, as tintas de óleo de minha mãe, o palco das telas resplandecentes. E assim se sucedeu a ópera: uma pintura musical.

Lia.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Amor Exótico




Existe um lugar
onde podia morrer.
A Rússia é linda,
O que me faz viver.

Sem ele não consigo,
sem ele não respiro.
Sem ele não posso admirar
O valor da vida e a beleza do mar.

E quando acordo de manhã
Com o meu lábio frio,
ele aquece-me com um sorriso,
preenchendo este vazio
que se derrete em mim
juntamente com um arrepio
de amor, enfim.
A vida é um desafio.

E no momento mais sombrio,
olho para ele, vejo-me a mim.

Na lógica dura das teclas do piano
o amor acontece, por fim
e o coração rompe a verdade.
Surge um momento de liberdade.

Lia.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Vida depois da vida - crónica

Esta é uma crónica sobre o espiritismo e a vida depois da vida. Fi-la o ano passado. Espero que
gostem :)


Para muitas pessoas, o facto dos espíritos e das almas dos seus entes queridos que já faleceram ainda vaguearem por este mundo é apenas uma ilusão. Porém, nem todos estão de acordo com esta conclusão. Não será a nossa imaginação a sonhar e a chorar os nossos entes queridos que faleceram, sobrepondo-se á ciência? Ou será que os fenómenos paranormais são reais e que existem decerto indivíduos com o dom de observar, dialogar e colaborar com espíritos?

É certo que a pura saudade e o verdadeiro amor são dois sentimentos que se podem transformar em grandes ilusões, como o facto de ver e dialogar com espíritos. Para esta conclusão, entrevistei uma psicóloga, que me deu a mesma opinião que referi à pouco sobre a saudade e sobre o amor.

Eu concordo com esta reflexão, nalguns casos. Mas, e se existirem mesmo pessoas com a capacidade e com o dom de ver e dialogar com espíritos? Na minha opinião, e por experiencia própria, sim, existem. São chamadas videntes, as que conseguem adivinhar o futuro através das almas e dos espíritos, ou então as espíritas, seres humanos que conseguem comunicar com falecidos, para obterem informações sobre eles, com o objectivo de informarem os seus familiares.

Certamente que muitas pessoas sem esse dom “inventam” só para ganharem riqueza. Mas as que realmente conseguem exercer esse extraordinário acto, nunca pedem dinheiro aos seus clientes, porque simplesmente os queres ajudar.

Muitas séries, como “O dom”, um programa apresentado aos sábados á noite, na TVI, são histórias imaginárias sobre fenómenos paranormais. Por outro lado, existem outros programas, como “Depois da vida” que faz questão em que acreditemos que uma senhora inglesa cujo nome é Anne, consegue falar com almas de pessoas que já faleceram. Eu cá não acredito. E não acredito por uma única razão: como é que essa senhora fala com verdadeiros espíritos, se, teoricamente, eles são portugueses e falam português e se essa excelentíssima senhora fala apenas e purisimplesmente inglês? Só faltava dizer que Deus traduzia o que os espíritos diziam para que a madame conseguisse compreender… Caros amigos, esse programa é uma autêntica e extraordinária FRAUDE!

Também foi publicado um livro, em 1981, chamado “Vida depois da vida”, de Raymond A. Moody JR., que relata uma investigação sobre a sobrevivência á morte física, ou seja, a experiência de morrer, de sair do seu corpo, e, de seguida, de voltar á vida humana. Foi escrito com testemunhas, que, estando em coma, presenciaram o fenómeno de morrer e de ressuscitar.

E por último, para finalizar, na minha opinião, existem espíritos e seres humanos capazes de os ver e de dialogar com eles, mas também existem pessoas que se aproveitam da situação, que julgando-se videntes, só para ganharem riqueza e dinheiro. Assim vos digo que devemos acreditar no que queremos acreditar. Sejam cautelosos em que acreditam, e saibam em quem devem acreditar.

Lia.

O meu primeiro amor

Este poema é dedicado ao meu primeiro namorado, ao meu primeiro amor, o qual não esqueci muito rápido, pois, apesar dele me ter feito algumas coisas como atirar-se á minha melhor amiga depois de termos acabado, não impediu que eu continuasse a gostar dele durante muito, muito tempo :)

Lembrei-me deste poema, pois estava a procurar um trabalho e encontrei-o no meio da papelada toda. Este texto ja deve ter para aí um ano ou dois e foi escrito no meu primeiro choro por um rapaz ... lol espero que gostem ;D

Apenas quero que saibas

Que tu deste significado

À palavra amor,

Que quando estou contigo

Sinto-me o alvor

De um amanhecer conquistado

Por um desejo justificado

Pela paixão e pelo calor...

Mas quando não estou,

Um sentimento indecifrável

Invade o meu coração.

É insuportável!

Quero estar contigo,

És a minha paixão.

És maravilhoso

Não consigo deixar de te amar,

Um amor vitorioso,

Onde o sentimento

Nos vai abraçar

Para nos conceder

O dom de beijar

Na harmonia da fraternidade…

PS – descobri que

O sentimento indecifrável

Se chama SAUDADE.

Lia.