quinta-feira, 28 de março de 2013

Mundão


Quero, mas sei que não devo,
preciso mas não o posso fazer.
Porque dou eu tanto relevo
a algo que não irá acontecer?

E numa fazenda aprendi história.
Uma fazenda pura de coração
de grandes cristais castanhos
que olham em torno da emoção. 

Uma fazenda de céu e paraíso
onde tudo se faz por uma razão:
Paredes construídas de madeira com lema
de ajudar os outros, apenas por paixão.

E porquê tanta tristeza, tanta angústia de a perder?
Porque os lenhadores a destroem, sem qualquer razão.
E porquê o grito se é linda no interior?
Porque o povo cruel não permite tal sedução.
E porque te importas? Ardam todos no inferno!
Porque antes de lá chegarem ainda estou neste mundão.

Lia.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Quando foi isso?



Quando foi isso? Eu própria já não sei dizer...
Quando me amou ele, assim, perdidamente,
com a loucura de criança que sonha e é carente
como dois fogos sedentos de prazer?

Foi no tempo da amargura e dos sonhos irreais,
de tristezas desgrenhadas, tapadas com véu
de um amor pequenino, infinito como o céu.

Foi no tempo da dança, sem da música precisar,
no tempo do amor sem a igualdade procurar.
No tempo dos sonhos, quando dei o meu coração
a quem não mereceu... Quem devorou a emoção,
e, sem dor, deitando tudo fora,
sem compromisso, apenas se foi embora! ...

Porém... Quem é ele? Este demónio que me afoga
de saudade remota, de paixão que me consome?
Bem... Eu sou a sua princesa do "Era uma vez..."
e ele o pobre astuto que morre à fome.

Lia.