Cá estou eu, a olhar novamente para o céu,
para as estrelas que iluminam a minha esperança.
Espero um nada que nunca, jamais há de vir
mas continuo a sonhar como uma simples criança.
A Rapunzel apenas sou, na prisão do meu passado,
dos medos e das angústias que comigo tenho arrastado.
Canto para o vazio, para o meu príncipe encontrar,
um príncipe com coragem suficiente para me levar.
Porém, é inútil. Ninguém me vem buscar.
No meio da escuridão continuo a viver,
a amar um príncipe que nunca cheguei a conhecer.
Assim não consigo daqui sair sozinha
porque nem o meu cabelo me consegue salvar
dos inúmeros minutos que tento esquecer.
Lia.
Lia.
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