quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Soneto - Rapunzel



Cá estou eu, a olhar novamente para o céu,
para as estrelas que iluminam a minha esperança.
Espero um nada que nunca, jamais há de vir
mas continuo a sonhar como uma simples criança.

A Rapunzel apenas sou, na prisão do meu passado,
dos medos e das angústias que comigo tenho arrastado.
Canto para o vazio, para o meu príncipe encontrar,
um príncipe com coragem suficiente para me levar.

Porém, é inútil. Ninguém me vem buscar.
No meio da escuridão continuo a viver,
a amar um príncipe que nunca cheguei a conhecer.

Assim não consigo daqui sair sozinha
porque nem o meu cabelo me consegue salvar
dos inúmeros minutos que tento esquecer.

Lia.

Sem comentários:

Enviar um comentário