sábado, 3 de março de 2012

Ballet


Um dia, uma voz pequena e inocente ecoou,
e o mundo dos sonhos voltou a reluzir.
O sonho transformou-se num direito,
e o direito de sonhar voltou a abrir
o caminho para um sonho perfeito:

"- Eu quero tocar o céu com as pontas dos pés,
quero procurar a perfeição em cada posição,
quero finalmente saber o que é suportar
o choro de alegria, de alívio, de decepção.

Quero sentir como é ser diferente,
quero apaixonar-me durante um ensaio, realmente,
quero viver a vida com os dedos calejados,
porque serão estes que me darão a força para continuar.
Quero que os meus cales sejam admirados
por tudo e por todos, para que o rendimento possa aumentar.

Quero viver cada momento como se fosse o último,
Quero viver cada passo, cada instante,
cada coreografia, contente e radiante.
Quero irradiar o desejo de poder dançar.

Quero libertar-me da corrente que me enreda,
que não me deixa sonhar muito mais.
Uma corrente feita da amargura
de um futuro trágico sem a ternura,
sem o ballet, sem a fama, sem sonhos reais.

Jamais! Eu quero. Eu preciso de dançar.
Eu quero reviver realmente cada sentimento,
dançar com apenas uma só música,
dançando assim com um toque a mais de excelência
ao reviver a musica sem acompanhamento."


Lia.

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