quinta-feira, 7 de abril de 2016

Auto retrato II


O tempo é tempo que não liga à gente,
tira, trai, morde, mente.

Trabalha todo o ano o sol
Sofre, luta, treme, forte
e quando o mundo lhe vira as costas
o tempo diz que é tempo de morte.

A luz já é fabricada azeda,
a lua pronta está para seguir.
E o sol todos os dias se eleva
quando o melhor é deixar-se cair.

Não te levantes, musa
para quem te usou.
Não posso tocar bem
se morta já eu estou.


Lia.

Desculpem, não publico aqui à uns anos. Talvez porque pensei que não escrevia suficientemente bem para estar nestas andanças.

3 comentários:

  1. Bem, com um talento destes provavelmente subestimaste-te.

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  2. Escreves suficientemente bem e tocas muitíssimo bem ! Confia mais em ti! :)

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  3. Muito bom o teu poema...
    Um pouco gótico, mas também por isso muito interessante.
    Deves continuar a escrever.
    Não subestimes o teu talento que até parece mal... :)
    Keep going!
    Margarida

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