quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Demónio



Esses olhos deixam-me inerte num vasto céu
azul, infinitamente perigoso - o que senti...
Esses lábios, rosas desgrenhadas com véu
de espinhos sangrentos que nunca temi
São tudo o que desejo como troféu
de dois anos a viver, a morrer por ti.
Demónio, porque não sobes para dançar...
para contigo a minha alma partilhar?

E, como uma criança, o teu coração
bate por magia e por loucura inexplicável
que sempre decifra o "era uma vez uma paixão
impossível, com uma maldade incontrolável".
Basta! Chega de razão... quero emoção,
perigo, aventura e uma alma indomável
que me consuma com esta esperança insensata,
olhar fumegante, sabor a droga e maluquice inata...

A alma de poeta de extraordinária imaginação
finalmente voltou a escrever graças a esta ilusão.


Lia.

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