No reflexo de água pura paro para observar
a alma inocente que nele habita...
Uma doce alma sempre pronta a ajudar
apenas os mais fracos, quem mais necessita.
Vislumbro o olhar altivo e carente
de vivos e grandes botões de açúcar torrado.
Um olhar de felicidade, doce e ardente
como o coração ao qual está destinado.
Revejo as pétalas suaves e clandestinas,
pétalas vermelhas, sangrentas de paixão.
Revejo a história destas minhas meninas,
lábios que sempre desejaram o irmão.
E o cabelo que é nada
e que, afinal, tudo acaba por ser?
E o perfume a rebuçado da Prada,
a grande dádiva de poder escrever?
E as assas triunfantes e ilegais
que comandam todas as minhas acções?
Quais os maiores sonhos? Quais...
E as vidas nos meus dois corações?
Enquanto reflicto, observo esta água pura
a encharcar-me de esperanças e contos de fadas,
da vida para além da morte, de muita loucura
e de sonhos, paixões, personagens aladas...
Lia.
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